sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O poeta...



 Saber o que se pensa, mas não saber o que escreve. Esse sou eu, escritor, poeta, mas acima de tudo sou uma pessoa cujos sentimentos a própria pessoa não se compreende. A ironia é que eu sou bom em persuasão; sei o que as outras pessoas sentem e sou ótimo em ouvi-las e aconselhara-las, mas quando se trata de me aconselharem ou tentar entender o que eu sinto. Bloqueio. Não sabem como te preparar para uma paixão não correspondida, quero dizer, por mais que tentem não é como dizem quando se gosta de uma pessoa que não te corresponde será que é mais fácil e menos doloroso ela simplesmente te ignorar ou é mais frustrante e traumático ela falar que não sente nada? Bloqueio. Será que com as decepções, de todas, a pior é a do coração? Bloqueio. Será que os grandes artistas como Shakespeare sofreram uma decepção amorosa? E se ele não tivesse sofrido, seus poemas seriam menos românticos? E se Lorde Byron fosse um homem feliz, ele seria amado pelas suas mulheres? Bloqueio. Pensar ajuda ou não na hora de saber como pedir que a pessoa te amasse? Parece que quando mais as pessoas se aproximam do amor mais se distanciam. Por que não podemos amar quem nos ama, não seria mais fácil? Seria, mas não gostamos de coisas fáceis; gostamos de conquistar, e amor é uma conquista. Bloqueio. E quando aos escritores? Será que eles criam seus personagens como sendo seus amores? O fato que queremos ter um Romeu e uma Julieta pra poderem nos amar tão avassaladoramente que possam mata-los? Bloqueio!

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